A avaliação ginecológica de
rotina.
A dúvida de qual deveria ser o
primeiro tema a ser abordado me impediu de começar a escrever, então, por fim,
depois de muito pensar, resolvi começar pelo básico.
Muitas mulheres confundem a
avaliação ginecológica de rotina com a realização do exame preventivo, porém
ela vai muito além da coleta do material para esse exame. Esse texto abrange
aspectos gerais da avaliação, mas essa pode ser também a oportunidade para
esclarecimento de dúvidas ou iniciar um tratamento, por exemplo.
O ginecologista é “o clínico” da
mulher e deve avaliá-la como um todo. Obter a história clínica da paciente com
uma conversa abrangendo os vários aspectos de sua saúde é muito importante para
orientar o médico no correto seguimento daquela mulher. Exame clínico completo,
englobando diferentes sistemas e órgãos, também faz parte da avaliação de
rotina. Dentro do exame ginecológico, está incluída a avaliação através de
exame clínico e, se necessário, exames complementares, das mamas, da vulva, da vagina,
além do útero (incluindo colo uterino) e dos ovários.
Já está bem estabelecido que a
realização anual da mamografia nas pacientes selecionadas é capaz de melhorar,
e muito, o resultado do tratamento nas pacientes com câncer de mama, em grande
parte pela possibilidade de detecção precoce da doença. Outros exames que
também podem ser solicitados, por exemplo, são o ultrassom para avaliação do
útero e de seus anexos (tubas uterinas e ovários) e a avaliação laboratorial
através de amostra de sangue e urina. A densitometria óssea também é um exame
que pode fazer parte da avaliação, especialmente no período pós-menopausa.
Caso o ginecologista encontre
alguma anormalidade, ele pode optar pelo encaminhamento da paciente para um
acompanhamento conjunto com colegas de outras especialidades.
Parte importante da avaliação
ginecológica de rotina, o exame preventivo (também conhecido como exame de
Papanicolau), é capaz de identificar as lesões precursoras do câncer do colo
uterino, um dos tipos de câncer mais comuns na mulher, e responsável por
milhares de mortes todos os anos. A periodicidade da realização da coleta desse
exame deve ser individualizada e pode variar de acordo com idade, histórico
pessoal, história sexual, dentro outros fatores. O ginecologista deve avaliar e
orientar a paciente sobre o acompanhamento adequado.
Vale chamar atenção para o fato
de que pacientes que por algum motivo não apresentam necessidade de coleta do
exame preventivo, não estão de forma alguma dispensadas da avaliação
ginecológica de rotina.
Muitas mulheres ainda se sentem
constrangidas com a realização da avaliação, mas espero que percebam que cuidar
da saúde é fundamental e que o ginecologista pode ser de grande ajuda na
manutenção de uma vida mais saudável e com muito mais qualidade. Procure um
médico de confiança e que a faça se sentir mais confortável, o importante é se
cuidar.
Fonte: Google imagens